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quinta-feira, 29 de abril de 2010

ADOLESCENTES EM CONFLITOS COM A LEI

Ola amigos conselheiros trago a vocês matéria enviada para meu e-mail por Sanny Lemos

Sabemos que um adolescente em conflito com a Lei, percorreu vários caminhos até chegar a tal ponto. A maioria deles, negros, oriundos de famílias carentes e desajustadas, abandonam a escola muito cedo e passam a viver em situações de riscos diversos, principalmente quando existe a dependência de drogas, que os impele ao tráfico, como meio de sustentar o próprio vício. Esses jovens delinquentes, não nasceram de um dia para outro, é o resultado da falta de políticas públicas eficazes.

As iniciativas do governo são válidas, porém, meramente punitivas e paliativas, já que não houve um trabalho preventivo através de uma intervenção precoce no sentido de evitar um mal que teve início muito cedo, muitos ainda no útero materno. Entre tantas iniciativas, o planejamento familiar é apontado de forma ineficaz nesses casos, pois a camisinha já provou que não funciona, é necessário ir muito mais além, se quisermos evitar uma catástrofe social dentro de pouco tempo.
Não se pode admitir que mulheres vivendo em palafitas, barracos com apenas um cômodo, possam abrigar um número de filhos enorme, frutos de vários relacionamentos, crescendo desordenadamente pendurados em uma bolsa família, que mal dá para a comida. São crianças desnutridas, crescendo sem nenhuma perspectiva de futuro, sem saúde, educação, sem o mínimo de dignidade, migrando para as ruas em busca de complementação de renda, vulneráveis a todo tipo de experiência, passando a delinquir muito cedo por força das circunstâncias, repetindo uma história que já foi vivenciada pelos pais, cumprindo uma hereditariedade que parece não ter fim. Se essas famílias não forem socorridas a tempo, em breve teremos um exército de famintos, drogados, idiotizados vítimas de uma herança secular e uma política ineficaz que se arrasta ao longo da história. Não adianta enjaular o homem, sem lhe permitir a possibilidade de refazer seus caminhos, não adianta oferecer um tratamento ambulatorial se sabemos que ao retornar para casa irão encontrar os mesmos problemas impelindo-os de volta às ruas e ao grupo.Precisamos trocar a cadeia por uma clínica de internamento, dando-lhes a oportunidade de tratamento humanizado e específico. Precisamos resgatar valores e este é o primeiro passo para que a família e o jovem se descubram detentores do direito de mudar.Este deve ser um caminhar constante de força. A união de gente reconstruindo-se, reconstruindo gente. Precisamos é reconstruir caminhos, construir possibilidades, procurar alternativas, mostrar soluções em estado constante de avaliação. Um desafio complexo que requer vocação, respeito ao próximo, responsabilidade e apoio dos homens que escrevem as Leis.

Se analisarmos a história de vida de cada adolescente em conflito com a Lei, ficará claro que ele é apenas a ponta de um "iceberg". Há uma história de origem,um pai, uma mãe, uma família frustrada, destruída, vivendo por viver, com uma história que se repete nos filhos, netos, bisnetos...

Espero que os senhores governantes coloquem mais fraternidade na ponta das canetas que vão escrever as novas Leis. Leis voltadas para a prevenção dentro da família, alicerce básico na construção da personalidade humana.

Sanny Lemos é Assistente de Prevenção Social, atuando na Vara da Infância e Juventude de Feira de Santana

Texto extraído do site "Comunidades Virtuais de Aprendizagem"

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